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Sublimação
06:48
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Ao desmantelar do subconsciente
Contemplações anciãs a um mundo não-senciente
A se propagarem em fotografias ofuscadas
Das quais as portas abrem a nenhures
Sublimação a estáticos pontos no tempo
Onde o declínio tem-se como existência em si
Uma dança em agonia emerge de deslumbres
E portas abertas defrontam-se com o exílio
Moções elevam-se em ventos delirantes
Confortos abstraídos situam abrigo interior
Entre paixões hipnagógicas
Eu viajarei cegamente ao meu lar
O domínio do consciente olvidará minha presença
E a grama voltará a crescer em verde cintilante.
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3. |
Despertez
07:25
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Aprisionado em ressonância memorial
Fitando estrelas ao labirinto atemporal
No qual resquícios pretéritos fluem aos ventos
E o decair do futuro instaura-se em segmentos
Ao pensar em um retiro, coloco-me do medo o peso
De que o hibernar resulte no irromper, tão cedo e preso!
Ao pensar no possível, coloco-me face a face ao irrealizável
E que faça-me ter do meu ser a capa excruciante do miserável!
Pois nunca, talvez e de certo que a exaustão à minha vista
Se tornará no pranto que rodeia este sono intimista!
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4. |
Ausência
04:40
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O mar acolhe a noite em murmúrios
Emergindo das estrelas tons purpúreos
A canalizar luzes em indecifráveis augúrios
Regresso ao estado de repouso
A flutuar sob o sonho d'um timbre aquoso
Repetições que tomam-me em choque torporoso
O mínimo movimento cria um revelar vicioso
Ao reviver o acontecimento, feixes de luz surgem
E ao fundo do meu peito, a sujeição grita
Lembrança infantil - ordem a portas que fechamento urgem
Um espelho ao pretérito no sono habita.
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5. |
Fotografias Sepulcrais
06:56
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Tenha-me em infindáveis sonhos
Marca tua figura aos meus olhos
Em quadros de alegrias etéreas
E purifica esta ilusória realidade
Aguarda-me no bosque além da chuva
Pois razão nenhuma me acoberta
Que não seja a singular compreensão
De que tu me guiarás conforme as fotos
Sento-me à árvore sob a beira do lago
A anciã nevasca absorve-me ao meu lar
O real e o espírito unem e edificam-se
O concreto dissolve e tu me libertas
Por ti a beleza é usurpada
A eternidade se estabelece
E comemoramos sob o ameno céu.
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6. |
Ruídos Primordiais
11:43
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Labirintos sob manhãs inundadas
Aguardo os domínios naturais terem a mim
A maquilar paisagens em abstração
Noções dissociam-se e revogam o consciente
Entre planos além, libertação
Escapatória a espectrais vilarejos
Sob a margem do infindável lago das reminiscências
Onde cânticos funerários reverberam à Lua
Ao fim do tempo, ventos insólitos se entrelaçam
Perfurando em fulgores o tecido do nada
Cuja chave restringe-se ao eterno
Da aurora emanam ruídos primordiais
Nos quais a luz reconstrói-se
Obstruindo os laços de vibração
A conectar matéria e significado
O Universo condensa-se
A uma expansão nascida da morte
Constituindo a fúnebre harmonia do cosmo
Regida por novos ventos ao início do tempo
Que almejam o entrelace de eternidades
Direcionadas à ruptura final de toda a essência vital!
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7. |
Streaming and Download help
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